Por falta de recursos e questões burocráticas dos sistemas de saúde, públicos e privados, verifica-se que os avanços da medicina demoram mais tempo para beneficiar um maior número de pessoas. É o caso da videolaparoscopia para a realização de cirurgia bariátrica - procedimento no qual o cirurgião consegue realizar a operação por meio de cânulas e uma câmera de vídeo. Esse tipo de acesso ao abdome torna a cirurgia menos invasiva e traumática quando comparamos com aquela realizada por corte direto na região, conhecida como "convencional" ou "aberta".
De acordo com o Dr. Luiz Vicente Berti (CRM-SP 62294), cirurgião do aparelho digestivo e Diretor do Centro de Cirurgia Obesidade e Metabólica, o objetivo da cirurgia realizada de forma aberta (convencional) ou por videolaparoscopia é exatamente o mesmo, o que muda é o acesso utilizado - grande incisões (na aberta) ou mini-incisões (na laparoscópica).
"Quando se opta pela forma menos invasiva é possível oferecer ao paciente uma série de vantagens, como menor dor pós-operatória, menor tempo de internação, melhor resultado estético com cicatrizes menores, menor incidência de hérnia no local do corte, retorno mais rápido às atividades profissionais e sociais, além de menor índice de infecção da ferida cirurgica".
A videolaparoscopia representa uma importante evolução tecnológica, uma vez que é realizada através de três ou quatro pequenas incisões ou cortes no abdome. Hoje, a mesma técnica, em alguns casos, pode ser realizada por uma única incisão no umbigo.
Campanha para mudar a posição dos planos de saúde:
No que tange a escolha de procedimentos cirúrgicos no tratamento da obesidade, a videolaparoscopia ainda não é uma técnica acessível a todos os pacientes. Na opinião do Dr. Luiz Vicente, no Brasil o que tem emperrado essa acessibilidade é a posição da maioria dos convênios de saúde, sobretudo em cidades de pequeno e médio porte, pois seu custo é mais elevado que o método convencional.
Na avaliação do Dr. Luiz Vicente Berti não existem contraindicações extremas para a não-realização de cirurgias videolaparoscópicas. "Em alguns casos encontramos contraindicações relacionadas ao paciente ou ao seu estado de saúde, como pacientes com doenças cardíacas ou pulmonares graves e cirurgias abdominais prévias extensas. Mas, a maior parte dos pacientes são elegíveis a este tipo de procedimento menos invasivo", completa.
Com o intuito de desmistificar quanto ao valor e sensibilizar tanto o governo quanto as empresas de plano de saúde, em que pese os benefícios oferecidos pela videolaparoscopia em pacientes que serão submetidos à cirurgia de redução de estômago, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) criou uma campanha com o tema "Obesidade sem marcas".
"No site é possível encontrar um comparativo de custos entre duas técnicas.Apesar de ter um custo nominal mais elevado, o método menos invasivo representa uma economia a médio prazo, devido à redução dos dias de internação e da incidência de complicações. Devemos valorizar o bem estar do paciente", avalia o especialista.
Dr. Luiz Vicente Berti, um dos fundadores da SBCBM, é pragmático ao afirmar que pacientes que irão fazer cirurgia de redução de estômago têm o direito de serem operados por videolaparoscopia, método menos invasivo, mais seguro e menos traumático, do ponto de vista clínico e estético. "A Campanha 'Obesidade sem Marcas' é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e tem o objetivo de garantir esse direito ao paciente, além de ser um instrumento de influência para que ele figure na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão do Governo Federal que regula a atuação dos convênios, a fim de que os planos de saúde cubram este procedimento", finaliza.
Perfil
Dr. Luiz Vicente Berti (CRM-SP 62294) - com 20 anos de experiência em cirurgia da obesidade, Dr. Luiz Vicente Berti é um dos mais respeitados cirurgiões do aparelho digestivo. Como um dos precursores da cirurgia bariátrica no país e um dos pioneiros deste procedimento por videolaparoscopia, ele já realizou mais de 3.500 operações. Sua carreira é pontuada pela participação em mais de 150 congressos nacionais e internacionais como palestrante, conferencista ou congressista, além da publicação em de diversos artigos em livros, anais de congressos e conceituadas revistas científicas. É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), International Federation for Study of Obesity (IFSO), Americam Society of Bariatric and Metabolic Surgery (ASBMS), Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica (SOBRASIL), além de integrar o corpo clínico do Instituto Garrido e do Centro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Sobre o Centro de Cirurgia Obesidade e Metabólica
Com equipe multidisciplinar formada por profissionais com conhecimento científico e experiência clínica comprovada, o Centro de Cirurgia Obesidade e Metabólica reúne em um único local os mais avançados recursos materiais e humanos, para oferecer um atendimento completo ao paciente - cirúrgico, psicológico, nutricional e esportivo.
Olá!
ResponderExcluirOlha parábens pela postagem maravilhosa e informativa!
Bjs; Janini
http://ninifazendoarte.blogspot.com/