Conheça as vantagens deste modo de praticar atividade física e o que a indústria de tênis desenvolveu para imitar a pisada descalça
Treinar descalço pode ser considerado uma escolha inadequada para algumas pessoas, que alegam que os tênis são fundamentais para reduzir o impacto sobre as articulações. Mas, recente pesquisa científica realizada na Universidade de Harvard (EUA)* mostra os principais benefícios de colocar os pés em contato com o chão: melhorar a postura, reduzir o risco de lesões e proporcionar mais saúde no dia a dia.
De acordo com especialistas, os tênis por serem acolchoados e apresentarem um “salto” em sua sola tendem a inverter a pisada: a pessoa em vez de usar o amortecimento natural do corpo, colocando primeiro a parte da frente e central do pé em contato com o chão e só depois o calcanhar, acaba iniciando a pisada pela parte de trás do pé. “Essa movimentação leva o atleta a ter mais chances de lesões em função do desequilíbrio e postura incorreta durante a prática dos exercícios. A falta de estabilidade tende a ocasionar uma série de problemas que podem afetar desde as vértebras, articulações e até os músculos. E como o tornozelo não tem mobilidade, o joelho sofre, sendo forçado a fazer movimentos para os quais não está preparado. Esta é uma das possíveis causas para algumas lesões nesta região”, esclarece Carlos Klein, personal trainer da equipe Movimente-se (www.movimente-se.com).
Ao fazer exercícios descalço como por exemplo treinamento funcional, musculação e até a corrida, a estabilidade do corpo é maior, resultando num movimento mais natural, seguro e eficiente. Isso acontece pois quando o pé está diretamente em contato com o chão, sem uso de tênis ou meias, a pessoa tem uma maior percepção sensorial de onde está pisando, o que permite que os músculos trabalhem de maneira harmoniosa. “Quando elevamos o calcanhar, perdemos amplitude de movimento em dorsiflexão. Junto a isso, também perdemos a mobilidade na articulação do tornozelo e o corpo tenta arranjá-la da forma que conseguir compensar. Na maioria das vezes, é aí que o exercício é feito de maneira incorreta e aparecem as lesões”, completa Carlos Klein.
O personal enfatiza ainda que o treino descalço proporciona ao atleta receber e decodificar os diferentes estímulos físicos e químicos do ambiente e interpretar estas informações em movimentos equilibrados com sua estrutura corporal. “Ao treinar com os pés no chão, o aluno consegue sentir melhor a base onde está pisando, e com isso potencializar a atuação das articulações sem lesionar tornozelos e joelhos, por exemplo. É como dirigir com luvas: não se consegue sentir a oscilação natural do volante ”. Outro fato que acontece é que o tênis confina o pé mudando sua anatomia não permitindo que ele se ‘espalhe’ no chão da maneira correta, o que prejudica sua saúde. “Treinar descalço ajuda a pessoa a manter os pés mais saudáveis por mais tempo”, afirma Carlos Klein.
Outras vantagens deste "novo" modo de praticar exercícios, é que a pessoa treina de maneira mais correta e natural, consegue maior alongamento dos músculos, melhora o equilíbrio e mantém uma postura mais adequada da coluna e do corpo, o que faz com que a atividade se torne mais resistente e menos lesiva.“Quando treinamos descalços, fortalecemos os ligamentos, tendões e músculos do pé que não são trabalhados numa corrida com tênis, por exemplo. Desta forma aumenta-se a mobilidade da articulação e a capacidade de receber estímulos”, finaliza o personal. Fazer o aquecimento descalço também é uma boa forma de ajudar o corpo e promover a ativação muscular.
As empresas de materiais esportivos já estão antenadas nessa nova tendência, com o lançamento de tênis que imitam a pisada descalça. A pioneira nesse tipo de calçado foi a Vibram, que colocou no mercado seu modelo 5 Fingers há alguns anos e novos modelos de marcas como Nike e Adidas estão por vir.
Perfil
Apaixonado por movimento desde a infância, Carlos Klein largou uma carreira no mercado financeiro para se dedicar ao seu sonho. Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), após uma viagem ao oriente decidiu trocar de profissão e estudar Educação Física. Se formou nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), e atua como Personal Trainer desde 2004. É CPT (Certified Personal Trainer) pela NASM (National Academy of Sports Medicine), nos EUA. Dentro de sua metodologia de trabalho e orientação aos alunos, Carlos Klein desenvolve estratégias personalizadas para cada um de seus clientes, sem se prender a academia, pois acredita que existem maneiras mais interessantes e benéficas de treino, dietas mirabolantes ou modismos. Profissional atento às novidades que realmente tragam benefícios às pessoas durante e após a atividade física, o personal, dentro de sua filosofia de orientação, estimula os alunos a conhecerem seu próprio corpo, os vícios de postura, o ritmo e estilo de trabalho, entre outros fatores, para definição do treinamento e de sua evolução.
Apaixonado por movimento desde a infância, Carlos Klein largou uma carreira no mercado financeiro para se dedicar ao seu sonho. Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), após uma viagem ao oriente decidiu trocar de profissão e estudar Educação Física. Se formou nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), e atua como Personal Trainer desde 2004. É CPT (Certified Personal Trainer) pela NASM (National Academy of Sports Medicine), nos EUA. Dentro de sua metodologia de trabalho e orientação aos alunos, Carlos Klein desenvolve estratégias personalizadas para cada um de seus clientes, sem se prender a academia, pois acredita que existem maneiras mais interessantes e benéficas de treino, dietas mirabolantes ou modismos. Profissional atento às novidades que realmente tragam benefícios às pessoas durante e após a atividade física, o personal, dentro de sua filosofia de orientação, estimula os alunos a conhecerem seu próprio corpo, os vícios de postura, o ritmo e estilo de trabalho, entre outros fatores, para definição do treinamento e de sua evolução.
(*) Lieberman DE, Venkadesan M, Werbel WA, Daoud AI, D’Andressa S, Davis IS, Mang’eni RO, Pitsiladis Y (2010) Foot strike patterns and coliision forces in habitually barefoot versus shod runners. Nature 463: 531-5.
Fonte Imagem: Revista Marie Claire
na praia eu sempre caminho descalça..é uma delícia
ResponderExcluirOie.
ResponderExcluirInteressante...
Gosto de pisar direto no chão, mas somente em pisos uniformes...
Beijo.
Oi Linda,passei pra te desejar um Feliz 2012 ,beijinhso!!!
ResponderExcluirBem interessante,ainda mais para uma pessoa como eu que sempre teve medo de andar descalça e agora descubro que faz é bem para a saúde!!!
ResponderExcluirNunca treinei descalça, mas deve ser bom.
ResponderExcluirbjs