Você sabia que o câncer de mama
é o mais comum entre as mulheres no mundo inteiro? Para que se tenha ideia, só
em 2016, são esperados 57.960 novos casos, de acordo com o Instituto Nacional
de Câncer (Inca). No Brasil, foram 14.622 mortes em 2014. Por isso, sim,
precisamos falar sobre o câncer de mama. O Outubro Rosa foi criado justamente
com esse intuito, reforçando que todas nós podemos contribuir com o controle da
doença.
Além do autoexame e da
mamografia – recomendada a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos –,
muitas mulheres vêm considerando o teste genético que detecta o risco
hereditário do câncer de mama. Ele ficou muito famoso em 2013, quando a atriz
Angelina Jolie retirou completamente ambos os seios após descobrir que seu
risco de desenvolver a doença era de 87%.
Como o teste genético funciona
O objetivo deste exame é
detectar mutações em alguns genes que aumentam o risco de desenvolver a doença,
especialmente o BRCA1 e BRCA2, envolvidos em até 80% dos casos de câncer de
mama e ovário hereditários. Ele é relativamente simples: o laboratório extrai o
DNA a partir de uma amostra de sangue e esses genes são comparados a uma
referência saudável. “Se for encontrada uma mutação, o laudo é simples e
explicativo para o bom entendimento do médico solicitante do exame”, garante
Wagner Baratela, assessor médico de genética molecular do Fleury Medicina e
Saúde. Com o resultado em mãos, médico e paciente podem discutir as melhores
soluções para o caso. O médico também pode solicitar um exame mais amplo, que
mapeia outras mutações genéticas envolvidas em casos de câncer hereditário.
Vale a pena para todas as
mulheres?
Apesar de parecer item
obrigatório para a mulher que deseja uma vida saudável, o teste genético é
recomendado para uma pequena parcela da população. Um dos motivos é porque
apenas 15% a 20% dos casos de câncer de mama têm causa hereditária. Para se
submeter ao exame, é preciso ter pedido médico em mãos – que, por sua vez, só
pode ser concedido a quem preenche pelo menos um desses pré-requisitos:
– Integrantes de família com
mutação nociva nos genes BRCA1 e BRCA2;
– pacientes que já tiveram
câncer de mama antes dos 45 anos;
– pacientes que já tiveram
câncer de mama em qualquer idade se houver, pelo menos, um parente de primeiro
ou segundo grau com câncer de mama antes dos 50 anos ou de ovário em qualquer
idade;
– pacientes que já tiveram
câncer de mama em qualquer idade se houver, pelo menos, dois parentes de
primeiro ou segundo grau com câncer agressivo de mama, pâncreas ou próstata em
qualquer idade;
– pacientes que sofreram com
câncer do subgrupo triplo-negativo, considerado um dos mais agressivos, antes
dos 60 anos;
– mulheres de ascendência
judaica ashkenazi, que têm dez vezes mais chances de ter uma mutação genética
do tipo do que a população em geral;
– pacientes que tiveram dois
cânceres de mama, sendo o primeiro antes dos 50 anos, na mesma mama ou na mama
oposta;
– presença de câncer de ovário
em qualquer idade;
– homens que já sofreram câncer
de mama;
– pacientes que têm ou tiveram
câncer de pâncreas ou de próstata do tipo agressivo em qualquer idade, desde
que haja, pelo menos, dois parentes de primeiro ou segundo grau com câncer de
mama, de ovário, de pâncreas ou de próstata agressivo em qualquer idade.
Além disso, é importante frisar
que apenas maiores de idade podem se submeter ao exame. “Só então a paciente
terá estrutura emocional para decidir fazer ou não o exame, assim como plena
capacidade de optar pelo melhor método de prevenção perante um resultado
positivo”, pontua Michele Migliavacca, geneticista do laboratório Delboni
Medicina Diagnóstica.
Custos
O exame tem cobertura
obrigatória pelos planos de saúde, de acordo com resolução da Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS). Quem não pode contar com essa ajuda deve se
preparar para o gasto: o laboratório Fleury pede R$ 4 mil para a realização do
teste nos genes BRCA 1 e 2. Já o laboratório Delboni oferece o teste genético
BRCA 1 e 2 por R$ 6 mil, enquanto o painel genético completo que prevê mais
mutações relacionadas ao câncer de mamas e ovários sai por R$ 16 mil.
Consultamos os laboratórios Genétika, Genomika e DLE, que também disponibilizam
o serviço, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta matéria.
Para saber mais sobre o câncer
de mama, o Inca disponibilizou um hotsite (clique aqui e veja) para divulgar o
Outubro Rosa e uma cartilha com muitas informações
bacanas sobre prevenção, tratamento e como você pode contribuir com o controle
da doença. Leia e se cuide!
Fonte: Finanças Femininas
Van é um exame caro, mas para quem tem casos na família é muito importante poder fazer, funciona como prevenção, né?
ResponderExcluirÓtimo post.
http://quadrofeminino.com/