Constituído por mais de quatro mil substâncias tóxicas, o cigarro provoca cerca de 5 milhões de óbitos por ano, 200 mil deles no Brasil, segundo dados da organização Mundial de Saúde (OMS). Consumido por 18% da população brasileira, o cigarro, além de estar relacionado a mais de 50 doenças – como câncer de boca, pulmão e faringe – também faz (muito) mal à pele. Por isso, no Dia Nacional de Combate ao Fumo, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD)se une a outras instituições médicas e faz à população um apelo: ficar longe do cigarro.
“Na pele, o efeito mais notável do cigarro é o envelhecimento”, afirma a dermatologista Eliandre Palermo (CRM-SP 78723), Diretora da SBCD. “As substâncias presentes em sua composição inativam enzimas protetoras das camadas cutâneas, diminuem colágeno e liberam radicais livres, além de provocar vasoconstrição.”
Por consequência do fluxo de sangue reduzido, o fornecimento de oxigênio e nutrientes importantes para saúde da pele também diminui. O resultado é a perda do colágeno e a elastina, fibras responsáveis pela força e elasticidade da cútis, acelerando o surgimento de rugas e a maior flacidez do tecido cutâneo.
Estudos ainda sugerem que os efeitos podem ser piores nas mulheres. A nicotina interfere no fluxo de estrógeno (hormônio que atua na síntese de colágeno e da elastina) para a pele, aumentando o risco de envelhecimento precoce.
A capacidade de cicatrização da pele também é comprometida. Uma pessoa que fuma até um maço de cigarros por dia tem três vezes mais chances de apresentar necrose de pele após cirurgias dermatológicas e plásticas.
Os efeitos negativos do cigarro não se limitam à aparência da cútis. O tabagismo reduz a imunidade do organismo e aumenta a porcentagem de risco de câncer de pele. A situação piora se o fumante gostar de expor-se ao Sol.
“O cigarro é uma substância comprovadamente carcinogênica que tem seus malefícios fartamente comprovados”, afirma a Dra. Eliandre. “Assim, em nome da saúde e da prevenção do envelhecimento, o indicado é manter-se longe dos cigarros”, finaliza.
Perfil da Médica
Dra. Eliandre Costa Palermo (CRM-SP 78723),Diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD); Médica colaboradora do setor de cosmiatria da Unifesp; 1ª Secretaria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); Membro eleito do Conselho de Ética da Sociedade Brasileira de Dermatologia; Membro do Conselho Nacional de Revisores da Revista Surgical and Cosmetic Dermatology.
Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD)
Fundada em 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) atua nas áreas de Cirurgia Dermatológica e procedimentos relacionados, por meio da promoção do ensino, pesquisa, realização de congressos e eventos científicos. A Cirurgia Dermatológica é uma área da Dermatologia que engloba todos os procedimentos realizados na pele e tecido celular subcutâneo, sejam eles diagnósticos, cirúrgicos, cosmiátricos ou oncológicos.
A SBCD atua somente segundo normas éticas e padrões técnicos rigorosamente aprovados pela comunidade científica mundial. Com 1500 associados, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica está entre as maiores sociedades de Dermatologia do mundo.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica é formada apenas por associados altamente qualificados, detentores de título de especialista e aprovados por rigoroso concurso e prova realizada e certificada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB).
Fonte Imagem: Sobre(tudo)
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