De aliadas na hora da higiene
bucal a vilãs da saúde se não forem bem cuidadas e limpas, as escovas
de dente - muitas vezes negligenciadas na pia do banheiro, na gaveta do escritório ou no fundo da bolsa - merecem mais atenção do que você está
acostumado a dedicar a elas. Entenda por que e saiba como higienizar
corretamente a sua escova.
1) Contaminação das cerdas
Dez entre dez escovas estão
contaminadas após o primeiro uso. Isso porque, após a escovação, as bactérias
da flora bucal são transferidas para as cerdas das escovas que, úmidas, se
tornam o local ideal para a proliferação dos germes. “É claro que uma
bactéria que convive em equilíbrio na flora bucal do indivíduo não é a princípio um
risco, mas quando transmitida à escova dental ocorre a formação de colônias e
assim pode se tornar potencialmente patogênica”, explica a dentista
Sandra Duvoisin.
2) Banheiro: aliado ou inimigo?
Além das bactérias, fungos e
vírus que se alojam nas cerdas, deixar as escovas expostas no banheiro
pode comprometer a saúde. Mesmo sendo destinados à higiene pessoal,
os banheiros são também o local mais perigoso do ponto de vista da
contaminação. As descargas dos vasos sanitários liberam diferentes tipos de bactérias e
coliformes fecais. Essas gotículas contaminadas podem atingir até seis metros
de altura e permanecer por horas circulando no ambiente. Imagine a sua escova
ali, exposta na pia do banheiro.
3) Insetos no ambiente
Por mais limpo que seja o seu
banheiro, o local está sujeito à entrada de insetos e outros bichos, como
formigas, moscas, mosquitos, lagartixas, mariposas, aranhas e baratas. O
problema é que eles costumam aparecer quando você menos espera, e
muitas vezes não está por perto para o flagrante. Imagine tudo o que
pode “transitar” por sua escova enquanto você está no trabalho, na escola, em
viagem ou dormindo. Melhor nem pensar!
4) Risco de doenças
Embora sejam,
incontestavelmente, as protagonistas na hora da higiene oral e dos cuidados com a saúde bucal,
as escovas – se contaminadas – podem transmitir uma série de
doenças, algumas graves. Os problemas vão de periodontite, gengivite,
cáries, diarreia, faringite, infecções de ouvido e problemas respiratórios a
meningite, pneumonia e cardiopatias. “Sem a correta higienização, as escovas acabam
se transformando em disseminadoras de doenças e os micro-organismos
da boca e do meio ambiente podem ser
transportados para o coração,
pulmões e estômago”, alerta a pesquisadora
Sandra Duvoisin, doutora em
Ciências Biomédicas.
5) Escovas compartilhadas
A higiene oral é um hábito
individual. Por isso, nem pense em dividir a sua escova de dente com alguém da
família. Opte por modelos ou cores diferentes, para evitar confusão na hora do
uso, e escolha sempre cerdas macias. Além disso, não se esqueça de fazer
a troca da escova a cada três meses, no máximo, conforme orientação dos
órgãos mundiais de saúde bucal. A substituição deve ser
antecipada caso as cerdas estejam deformadas antes deste prazo ou a escova
apresente acúmulos de sujeira, como aquelas
manchas escurecidas na base das
cerdas.
6) Recipientes coletivos
Se o hábito de escovar os
dentes deve ser único e individual, o local que você escolhe para guardar a escova
também. Não deixe todas as escovas no mesmo potinho sobre a pia, pois
os germes alojados nas cerdas podem “migrar” para as escovas
vizinhas, ampliando o risco de doenças e infecções. Gripes, viroses e outros
problemas de saúde são facilmente transmitidos porque os vírus, fungos e
bactérias circulam livremente entre as escovas e não raramente a doença de um membro
da família acaba sendo transmitida para
outra pessoa.
7) Estojos e capinhas
protetoras
As capinhas e estojos não
protegem a escova dental, muito pelo contrário. Ao manter as cerdas úmidas e
quentes, esses porta-escovas contribuem ainda mais para a proliferação de
micro-organismos. Depois de tirar o excesso de água das cerdas, deixe as
escovas secando em local arejado e longe do vaso sanitário. A bolsa e necessaire
também não são os melhores lugares para guardar a escova dental, a
menos que você precise transportá-la. Dos males, o menor. Mesmo que os acessórios
não sejam ideais, pelo menos evitarão a
contaminação por germes e
sujeiras do ambiente, mas, ao chegar em casa, a
escova dental deve ser
higienizada e armazenada adequadamente.
8) Secar as cerdas
Embora a orientação seja: lave
a escova em água corrente e seque as cerdas antes de guardá-la, não há um
método eficaz para cumprir esta orientação. Para secar as cerdas, o melhor
jeito ainda é dar batinhas na escova para remover o excesso de água e
deixá-la em um local arejado. Mas lembre-se: esfregar os dedos, usar a
toalha do banheiro ou secar em guardanapos pode comprometer ainda mais a
higiene da sua escova. E jamais utilize o secador de cabelos para esta finalidade.
9) Halitose
Cerca de 60 milhões de pessoas
no Brasil sofrem por causa do mau hálito. A dentista Sandra Duvoisin
explica que existem mais de 600 tipos de bactérias na cavidade oral, muitas delas
capazes de produzir gases com odor desagradável devido à metabolização de
materiais orgânicos como restos de alimentos. Além disso, mais de 90% das
halitoses são causadas pela ação da flora bacteriana natural presente na orofaringe
– boca (incluindo língua, palato, gengivas e dentes) e parte da garganta
logo atrás da boca (base da língua, amígdalas, parte lateral e posterior da
garganta). Por isso, manter a escova de dente limpa e caprichar na higiene bucal
ajudam a eliminar o mau hálito.
10) Pais e filhos
Por mais vigilantes que os pais
sejam com seus filhos, alguns detalhes do dia a dia passam despercebidos. E as
escovas de dente estão nesta lista. De acordo com uma pesquisa da Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP realizada em 2008, de cada
40 mães de bebês entre 1 e 3 anos, apenas uma se preocupava com a
desinfecção da escova dental. Já entre as mães de crianças de 6 a 12 anos, das 40
consultadas, nenhuma fazia a higienização. O levantamento revelou outro dado
preocupante: apenas quatro participantes do estudo disseram ter recebido
alguma orientação sobre os cuidados com as escovas após o uso.
11) Atenção com crianças,
gestantes e idosos
Por serem mais suscetíveis a
doenças, algumas faixas etárias precisam redobrar os cuidados com a
saúde. E isso inclui os cuidados com a higiene das escovas. Segundo a
odontopediatra Sandra Duvoisin, algumas doenças comuns na infância são
transmitidas por secreções da mucosa, saliva ou gotículas respiratórias, como o
sarampo, caxumba, catapora, hepatite A, rotavírus e bronquiolite. Há
ainda problemas respiratórios, gripes, candidíase (sapinho), estomatite, herpes,
infecções urinárias e de pele, cáries, escarlatina e meningites. “É pela boca
também que entram as enterobactérias e os
coliformes fecais. Por isso,
cuidar da higiene bucal das crianças, idosos e
gestantes é um hábito essencial
que, além de manter dentes e boca saudáveis,
também protege contra doenças”,
alerta a dentista, autora do livro “Cássio e a
Fada dos Dentes” (Ed. Ithala,
2009).
Agora a boa notícia! Já é
possível zerar essa lista e ter uma escova limpinha, limpinha. Para evitar a
proliferação de bactérias e fungos nas cerdas das escovas e a contaminação por
micro-organismos presentes no ambiente, a dica é o Buccal Protect. O
Sistema Higienizador para Escova Dental é fácil de usar e está disponível nas
melhores farmácias e supermercados ou em www.buccalprotect.com.br/compreonline.
O kit contendo um líquido para limpeza da escova dental
(frasco com 250 ml) e dois Buccal Tube custa R$
34,90. O líquido avulso sai por
R$ 16,90 e os tubos individuais, R$ 11,90 cada
(preços médios sugeridos pelo
fabricante).
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