A nutrição é uma ciência em constante evolução.
Porém, nesse ramo, nem sempre a modernização é a chave para nos adequarmos ao
cotidiano atual. A dieta paleolítica, por exemplo, propõe uma alimentação
simples e natural, inspirada no que consumiam os nossos ancestrais e facilmente
encontrada em supermercados, feiras livres e ervanários. O que não se sabe é
que essa dieta aumenta a energia e a disposição do corpo, além de ser uma
excelente escolha para quem pratica esportes de alta performance, como o
crossfit.
Fonte: Google |
Em treinos de altíssima intensidade, os alimentos
da paleolítica trazem resultados rápidos, pois promovem a reeducação alimentar
necessária para que o atleta aproveite 100% da potencialidade do esporte.
Assim, ele passa a aumentar sua performance e pode apresentar resultados
excepcionais em relação à queima de gordura e ao ganho de massa magra, em
comparação com as dietas tradicionais.
Diferentemente da maioria das dietas, a paleo não
foca sua atenção na quantidade, mas, sim, na qualidade das calorias consumidas.
Ela é fácil de seguir e exclui, justamente, os maiores vilões da nossa saúde: o
açúcar, os alimentos industrializados e o excesso de carboidratos. Essa
combinação causa rápido emagrecimento, mas ajuda também com o fortalecimento
muscular.
Nessa dieta, a pessoa deve comer o quanto achar
suficiente para o seu corpo – ou seja, não existe contagem de gramas dos
alimentos. Os principais objetivos são o emagrecimento, o controle da glicemia,
o aumento da resistência e da força, a hipertrofia e uma alimentação mais
natural, sem glúten e sem lactose
O fato é que a paleolítica é baseada em alimentos
de verdade. Hortaliças (como repolho, abóbora, tomate, pimentão e cebola),
carnes, sementes, frutas, ovos, nozes e castanhas, raízes e tubérculos (como
batata-doce, batata-inglesa e aipim) são a base dessa dieta. Já os alimentos
plantados, como cereais (aveia, trigo, centeio, cevada, arroz e milho) e
leguminosos (feijões, lentilha e ervilha), e os processados são restritos, pois
o acúmulo de glicose vinda deles se transforma em gordura.
Além disso, um estudo da Universidade Leste do
Michigan, dos Estados Unidos, comprovou que a dieta paleolítica é boa para a
saúde do coração, o que a torna indicada também para sedentários e obesos.
Quando comparada à dieta oficial da Associação Americana de Cardiologia (AHA),
ela foi mais eficaz na redução de lipídeos do sangue e na melhoria dos
marcadores de colesterol. Os pacientes também apresentaram maior perda de peso
e ingestão de menos calorias.
Flaviane Calônego é
nutricionista clínica e especialista em metabolismo humano pelo Hospital das
Clínicas (RS). Seu trabalho tem foco em emagrecimento, nutrição esportiva,
longevidade e hipertrofia. Hoje atua na Soulleve Fitness- Clínica do bem-estar,
em São Paulo (SP).
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