Pesquisa revela que, mesmo consumindo carne,
maioria simpatiza com esses estilos de vida e busca formas de consumo mais
sustentáveis
Preocupados com a relação entre dieta e saúde, os
brasileiros estão mais interessados em levar uma vida mais leve e isso tem, de
certa forma, atraído mais consumidores para causas sustentáveis – é o que
revela uma pesquisa realizada recentemente pelo portal Use Orgânico
–especializado em “cosméticos verdes”. No levantamento, a empresa descobriu
que, embora poucos brasileiros se declarem vegetarianos ou veganos, a grande
maioria se diz simpatizante de causas como a defesa dos animas e do meio
ambiente, questões que levam muitos deles a repensarem suas formas de consumo,
seja de alimentos ou de cosméticos. Mas, essa tendência não é motivada apenas
pelo “engajamento social”, na realidade, a maioria desses indivíduos está mais
preocupada com o impacto que determinadas escolhas possam ter na saúde e, na
busca por alternativas mais qualificadas, acabam incorporando, ainda que
parcialmente, práticas desses movimentos na dieta e no estilo de vida.
Saúde: o
maior motivador
Segundo a pesquisa, que ouviu mais de 1.500
participantes de todas as regiões do país, 47% dos brasileiros acreditam que um
estilo de vida saudável consiste, principalmente, numa dieta balanceada, que
priorize ingredientes naturais. E não se trata só de dieta: um produto com o
apelo “natural” também é muito mais atraente para este público. Segundo a Use Orgânico, é justamente
essa concepção que pode explicar outro dado peculiar: embora 82% dos
participantes se declarem onívoros, ou seja, consumidores de alimentos e
produtos de origem animal, 65% se diz simpatizante de movimentos como o
vegetarianismo, o veganismo e o consumo consciente. Para a empresa, ainda que
algumas dessas filosofias preconizem mudanças que vão além da dieta, são os
benefícios proporcionados por uma alimentação mais natural que levam os
consumidores a se interessarem por produtos de origem orgânica e/ou
exclusivamente vegetal.
Benefícios
de uma alimentação mais “verde”
Sem entrar no mérito filosófico de cada movimento,
adotar uma dieta vegetariana ou vegana pode, de fato, trazer inúmeros
benefícios à saúde – é o que afirma o nutrólogo Pedro Vieira de Goes Neto.
Segundo o especialista “Diversos estudos já apontam que dietas que priorizam o
consumo de vegetais diminuem consideravelmente o risco de doenças,
especialmente as cardíacas. E não se trata unicamente da exclusão da carne:
mesmo os indivíduos que consomem proteína animal com frequência moderada
percebem melhorias consideráveis no organismo quando passam a investir num
cardápio mais verde e natural”. Para Neto, é comum que as pessoas se tornem
mais “abertas” a esses movimentos quando precisam rever a dieta e acabam
descobrindo o quanto os vegetais podem influenciar positivamente no peso e na
saúde.
Controle do colesterol: um dos
fatores que fazem a alimentação vegetariana tão benéfica é o alto teor de
fibras dos vegetais. Por natureza, as fibras ajudam a reduzir a absorção de
colesterol no organismo, o que diminui também o risco de doenças coronárias e
vasculares.
Prevenção e controle da diabetes: outro ponto
positivo de uma alimentação rica em vegetais, especialmente de hortaliças e
legumes frescos, é que as fibras também retardam a digestão, o que faz com que
a liberação de glicose e de insulina seja mais controlada. Esse tipo de
alimentação é favorável tanto na prevenção quanto no tratamento da diabetes.
Melhor digestão: para muitas
pessoas, consumir laticínios e proteínas animais pode gerar grande desconforto
intestinal. Isso porque, além de provocarem mais alergias e intolerâncias
alimentares, esses alimentos são, por natureza, difíceis de serem digeridos.
Justamente por essa razão, indivíduos que se alimentam majoritariamente de
vegetais percebem uma melhora significativa na digestão e, até mesmo, no humor.
Conscientização maior: seja por
questões de saúde ou filosóficas (como o bem-estar animal, por exemplo) pessoas
que priorizam ou seguem unicamente uma dieta vegetariana costumam procurar mais
informações sobre os alimentos. “Esses indivíduos precisam diversificar e até
combinar vegetais para alcançar o aporte de proteínas necessárias para o
organismo. Por isso, acabam se preocupando mais com a qualidade e procedência
do que comem.” – afirma Neto.
Longevidade: Frutas,
legumes e verduras não são apenas as principais fontes de vitaminas da
natureza, os vegetais também são famosos por suas propriedades antioxidantes.
Essa característica faz com que a dieta vegetariana combata, naturalmente, o
envelhecimento precoce. Isso porque essas moléculas neutralizam a ação dos
radicais livres – substâncias ligadas ao surgimento de quadros inflamatórios no
organismo e de diversas doenças crônicas.
Orgânicos:
um passo além
Essa conscientização com a dieta também explica a
boa reputação dos orgânicos no país. Segundo a pesquisa, 64% dos brasileiros
acreditam, mesmo que jamais tenham consumido, que produtos de origem orgânica
são melhores que os convencionais. Essa percepção vem, justamente, de outra
preocupação crescente: a utilização de agrotóxicos e conservantes no cultivo e
no processamento dos alimentos. Por não utilizarem essas e outras substâncias
prejudiciais em toda cadeia de produção, os orgânicos são bem vistos pela
maioria da população e podem representar tanto um pontapé inicial para um novo
estilo de vida, quanto um passo além para quem já segue o vegetarianismo.
Mais do que
o cardápio
Em tempos nos quais a indústria da beleza explora
massivamente o apelo natural – uma característica valorizada por 48% dos
brasileiros – procurar por produtos orgânicos é uma garantia de não levar “gato
por lebre”. Isso porque um produto que usa, em sua fórmula, um ingrediente
natural, nem sempre é mais saudável ou atende os princípios do veganismo. Já os
cosméticos e maquiagens orgânicas possuem maior transparência a respeito da
fórmula e do uso, ou não, de itens de origem animal. Esses cosméticos possuem,
inclusive, informações claras que facilitam a vida daqueles que querem
alternativas veganas, livre de agrotóxicos e naturais. Dentre os adeptos dessa
classe de cosméticos, a maior motivação é, justamente, o favorecimento da
saúde. Veja os benefícios:
Menor risco de alergia: boa parte
do que passamos sobre a pele é absorvido pelo organismo, o que, no caso dos
cosméticos convencionais, pode ser um desencadeante de alergias. Como as fórmulas
orgânicas seguem regras específicas quanto ao uso de ingredientes e boa parte
deles são de origem natural, o risco de alguma reação cutânea é reduzida.
Mais eficazes: nosso corpo
se adapta melhor aos ativos naturais do que aos sintéticos. Isso porque nossa
pele e couro cabeludo precisam dos nutrientes presentes nos vegetais para se
manter saudáveis. Isso significa que cosméticos orgânicos podem promover uma
hidratação mais intensa e favorecer, naturalmente, diversos aspectos de beleza.
Mais saudáveis: Menos
agressivos, são melhor aproveitados pelo organismo e previnem contra o
ressecamento e descamação da pele. Mas, o mais relevante é que por excluir os
conservantes, agrotóxicos e metais pesados comumente presentes nos produtos
convencionais, os orgânicos evitam o acúmulo de substâncias nocivas no
organismo, compostos que, a longo prazo, podem causar grandes prejuízos à
saúde. É justamente por isso que, independente do engajamento, cada vez mais
pessoas aderem aos cosméticos orgânicos.
Mudança
planejada
Para finalizar, Neto aconselha que quem deseja
abraçar algum desses estilos de vida procure, antes de tudo, orientação
“Qualquer pessoa, consuma carne ou não, precisa procurar um médico regularmente
para saber seu estado nutricional, especialmente se deseja fazer mudanças
profundas na alimentação. Para que a dieta realmente proporcione mais saúde e
não cause prejuízos à nutrição, é fundamental ter acompanhamento médico.”
Fonte: Use Orgânico
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