A cirurgia de implante mamário consiste na colocação de uma prótese de silicone na região da glândula mamária, com o objetivo de se corrigir alterações estéticas ou melhorar os aspectos dos seios. Atualmente, o implante mamário representa 21% de todos os procedimentos de natureza estética, realizados entre 2007 e 2008 no Brasil, de acordo com dados da pesquisa realizada em 2009 pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e o Instituto Data Folha. Com este percentual, ela ocupa o primeiro lugar - sendo que existem as cirurgias de redução, reposicionamento e de colocação de implante mamário.
"A mamoplastia de aumento é realizada por meio de colocação de próteses. Temos que visar a melhora na harmonia entre a forma e o volume das mamas, em busca do equilíbrio entre o aumento e suspensão, para os casos de mamas caídas", relata Dr. Alexandre Mendonça Munhoz (CRM-SP 81.555) especialista em cirurgia plástica de mama e Membro Especialista e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Atualmente existem vários tipos de próteses que se mostram mais seguras do que os modelos utilizados há 10 anos. Além disso, a nova geração de implantes proporciona resultados mais duradouros e naturais. Quanto aos tipos, elas podem ser de gel de silicone ou de solução salina, com invólucro de material liso ou texturizado, ou ainda, podem ser recobertas por uma camada de poliuretano. As mais utilizadas atualmente, são de silicone texturizado, porém o tipo de prótese e o seu tamanho devem ser discutidos e definidos com o cirurgião.
A mamoplastia é indicada para todas as mulheres com seios pequenos, porém antes de se iniciar o procedimento deve-se fazer uma avaliação criteriosa. Em algumas situações, nas quais existe presença de tecido mamário associado a um certo grau de ptose (queda da mama), pode-se apenas reposicionar a mama, sem a necessidade de implante de silicone. Caso não haja queda da mama e essa relação seja desfavorável, os implantes de silicone estão bem indicados.
Uma avaliação criteriosa e a discussão de todas as possibilidades são fundamentais para a escolha saudável e esteticamente aconselhável do tamanho dos seios. Em relação à escolha do implante, alguns fatores são fundamentais para se conseguir um resultado natural e a satisfação com a cirurgia. Deve-se optar por implantes mais modernos e que apresentem características, como coesividade e revestimento texturizado de última geração. Em relação à escolha do tamanho, cada mulher tem uma anatomia individual e com valores próprios de base e altura. Um determinado volume que seria muito grande para uma talvez seja suficiente para outra, uma vez que as dimensões mamárias e do tórax são distintas. Além disso, é utilizada a prova de moldes, frente aos tamanhos já previamente selecionados e, neste momento é decido em conjunto entre 2 a 3 tamanhos diferentes.
Nenhum implante mamário de silicone é vitalicio e como qualquer material sintético sofre um desgaste natural com o passar dos anos. modelos mais recentes mostram resultados seguros com 15-20 anos na maioria das pacientes e isto é proveniente da evolução do revestimento dos implantes e da qualidade do silicone gel.
Em relação a ruptura da próteses por impacto brusco, o especialista afirma que há relatos esporádicos e em sua maioria em implantes muito antigos, que já sofreram desgaste natural e possuíam um número menor de camadas de revestimento. Com os implantes de última geração a probabilidade deste evento ocorrer é praticamente nula. Vale lembrar que ainda existem implantes salinos (preenchidos com soro), muito utilizados no EUA, e que apresentam o risco de ruptura e saída de soro fisiológico.
A prótese de silicone não interfere no exame de toque e no possível diagnóstico do câncer de mama, segundo um trabalho muito interessante, publicado em 2006 por Handel e Silverstein da Universidade da Califórnia/Los Angeles (revista: Plastic and Reconstructive Surgery), avaliou mais de 4000 mil mulheres que tiveram diagnóstico de câncer de mama e comparou quanto a incidência, momento do diagnóstico e tamanho do tumor no grupo com e sem cirurgia prévia de aumento de mama. Obrservou-se que a incidência de câncer e o momento do diagnóstico foram semelhantes nos dois grupos avaliados. Todavia, nas pacientes com próteses de silicone observou-se que os tumores foram detectados em um tamanho menor que nas pacientes sem prótese. Tal fato, os autores atribuíram que a presença da prótese de silicone serviria como um anteparo no momento do auto-exame e aumentaria a sensibilidade na apalpação de tumores menores.
Já para a realização da mamografia é necessário aparelhos e posicionamento especial de modo a deslocar a prótese da frente da mama e desta forma permitir uma adequada visualização do parênquima mamário. Atualmente, a maior experiência nas cirurgias plásticas de mama e a utilização de outros exames em associação com a mamografia, como o ultrassom e a ressonância magnética, tornam este aspecto negativo desprezível.
Em relação ao tratamento do câncer de mama a prótese já implantada geralmente não atrapalha e é uma das principais técnicas para reconstrução mamária empregada depois da retirada do tumor. Em algumas situações, existe a necessidade de um maior planejamento técnico e pode existir a necessidade de troca da prótese e simetrização com a mama contra-lateral. Todavia, o tratamento é semelhante ao realizado em pacientes sem implantes.
Perfil - Alexandre Mendonça Munhoz (CRM-SP 81.555) - Cirurgião Plástico
Graduado pela Universidade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e residência médica em cirurgia geral e plástica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Com Mestrado e Doutorado em Cirurgia Plástica na área de cirurgia mamária pela Faculdade de Medicina da USP, Dr. Munhoz é Membro Especialista e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Membro Consultor do Corpo de Revisoresinternacionais da revistas americanas Annals of Plastic Surgery e Plastic Reconstructive Surgery. Além disso, o especialista participa do corpo clínico dos hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz e São Luiz. O cirurgião também foi Coordenador do Grupo de Reconstrução Mamária do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período 2000-2009.
Com uma intensa atuação acadêmica,Dr. Alexandre possui 92 trabalhos científicos publicados em jornais e revistas do meio médico, sendo que 56 estudos estão indexados no www.pubmed.com (site da biblioteca médica norte-americana). O especialista já escreveu 26 capítulos de livros, sendo que 8 deles integram livros internacionais.
com o passar do tempo esse tipo de cirurgia evoluiu demais msm,o risco hj é muito menor
ResponderExcluiracho que não tenho coragem de colocar próteses, não gosto de cirurgias.
ResponderExcluirbjs